1. |
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Senhoras e senhores
Sejam bem-vindos a bordo
Do nosso expresso com destino ao fim do mundo
Nós agradecemos a preferência
E desejamos a todos uma boa viagem
Agora,
Como podem ver
À sua direita: guerras e rumores de guerras
Mas não tenham medo
Ainda não é o fim
Adiante,
Sigam-me
Apesar da fome e do desastre, vamos
Sem separar do grupo
Acabarão perdidos assim
Num expresso
É tão perto
Eu expresso
Fim do mundo
A seguir,
Olhem ali
À sua esquerda, temos o início das dores
Aqui a crueldade domina
Aqui é um local frio
Adiante,
Olhem lá
A tribulação vem chegando
Aí, atrás de vocês
É mais um cadáver
Está a juntar abutres
Aqui expresso o fim do mundo
Comprem suas lembranças
Partiremos em poucos minutos
Assim o regresso é também absurdo
Sem nenhuma esperança
Viveremos o agora e não o futuro
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2. |
Sou
02:02
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Sou
Todo aquele que um dia já lutou
Em meu peito isso ainda não terminou
Meu desejo me leva onde vou
E o que vejo é que nada mudou
Dominação do homem pelo homem
Exploração, sangue e prazer
Uns mandam, outros somem
A febre da besta é o poder
Vivo
Morto
Sigo
Solto
Injustiças das leis
Abuso, omissão
Quem detém poder é rei
Violando e comprando perdão
Sou
O espírito da liberdade
A alma da revolta
O ódio necessário
Aquele que não se entrega
Sou
Aquilo que não se derrota
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3. |
Desgraçados
01:24
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Dor, pavor, o pecador
Censuram
Pois a culpa fez o opressor
Censuram
Cobriu-se de horror, teve vergonha, se rejeitou
Censuram
Não há para nós a graça
Somos filhos do descaso
Somos na lei: a falha, a queda, o mal, desgraçados
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4. |
Os outros
03:05
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Vou te falar
Muito não se pode ver
Venha pra cá
Muros não irão deter
Ventos a soprar
E a vontade de vencer
Vou te falar
Venha cá
Vem pra ser
Você não vai acreditar
Vai suspeitar
Vai questionar
Muros não irão deter
Que a solidão atinja você
Suspeitei
Até do ar que respiro
Questionei
Tudo aquilo que quero
Me lancei
Num mar sem destino
Retornei
Porque ainda te espero
Suspeitei
Questionei
Me lancei
Retornei
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5. |
Ditadura disciplinar
02:57
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Como manipulam sua mente?
Desinformam
Moldam um corpo obediente:
O controlam
Condicionando seus desejos
O consomem
Taxando a vida, o seu tempo
Até a morte
É, formatam seu ser
É, programam seu lar
Essa estrutura aprisiona você
Ditadura disciplinar
O controle do poder
Encravado em sua alma
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6. |
Irracional
03:04
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Da escuridão
A fúria em chamas
O ar sombrio
Outra frequência
E o brilho
É de explosão
Mais que um dia ruim
O preto e branco da vida
Todo erro do sistema
Vivo, escuro, infinito
Não são dias comuns
O artificial predomina
Será lógica a existência?
Indo, partindo e voltando
O irracional
A transmitir
O bem e o mal
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7. |
Ruminante
03:06
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Comeu o pão
Que o diabo amassou
A fome era tanta
Que nem mastigou
A vida era seca
Regurgitou
Aprendeu com o não
E não se entregou
Remoeu então:
Quem é que castiga?
Ser não era nada
Ter é que valia
Os dias eram brutos
Ao que rumina
Morreu no chão
Que o sol nunca brilha
Fruto de um mundo injusto
Cujo futuro acaba podre
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On Crash Brazil
We seek to convey from the existential absurdity, the revolt against domination, standardization and exploitation of and by
human beings. And, in the dialectic of selves and others, the struggle and the life that are repeated and started every day.
On Crash:
Gabriel: Drums
Julio: Vocal
Regis: Bass
Victor: Guitar
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